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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Catadores terão pagamento por serviços ambientais urbano


Por Agência Brasil*

O Ministério do Meio Ambiente lançará nos próximos dias, em Belo Horizonte, o sistema de pagamento por serviços ambientais urbanos. Segundo o ministro Carlos Minc, a remuneração vai complementar a renda do catador de materiais recicláveis, a exemplo do que foi feito em relação ao pagamento por serviços ambientais. "Antes, para a pessoa replantar a Amazônia, as margens dos rios, ela cortava e ganhava. Agora, ganha para plantar”, comparou o chefe da pasta ambiental do governo.
catadores s� essenciais para a limpeza das cidades
No novo sistema, voltado para o catador de materiais recicláveis das metrópoles urbanas, Minc salientou que o cálculo de remuneração tomará por base a redução das emissões. “O quanto a catação dele diminui as emissões será o quanto ele vai receber”, explicou o ministro, ainda sem dar mais detalhes antes do lançamento.
Segundo o ministro, o catador não tem carteira assinada, não recebe décimo-terceiro salário e corta-se muito com vidros e latas que recicla. “Então, [o pagamento] servirá para dar mais dignidade, mais efetividade para o catador e melhorar a qualidade de vida”, assegurou Minc.
O ministro chamou a atenção para a importância da reciclagem. Esse trabalho consta do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que prevê aumentar o nível da coleta seletiva e das cooperativas de catadores.
Boa hora - O lançamento do sistema de pagamento por serviços ambientais virá em boa hora, já que o setor de recicláveis no Brasil foi um dos que sofreram os impactos da crise financeira mundial - que somente agora demonstra esboçar uma reação. Muitos catadores chegaram a abandonar as atividades por conta da redução nos preços dos materiais.
Em São Paulo, algumas cooperativas chegaram a registrar redução de 70% no quadro de cooperado. No Rio de Janeiro, além da diminuição do preço pago pelos recicláveis, a queda no consumo reduziu a produção de lixo e, consequentemente, a quantidade de materiais disponíveis para os catadores.
catadores sofreram os impactos da crise mundial
Alguns produtos chegaram a sofrer uma redução de 60%, em relação ao valor de antes da crise. A garrafa PET, que custava R$ 1,20 o quilo, agora é vendida a R$0,50. O quilo do plástico, que custava R$ 0,90, hoje vale R$ 0,60 centavos, enquanto a latinha de alumínio, maior fonte de renda dos catadores, custava R$ 3,50 e passou a R$ 1,50 o quilo.
Em entrevista recente concedida ao portal EcoDesenvolvimento.org, Severino Lima Júnior, um dos representantes do Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis (MNCR), observou que embora a categoria tenha conquistado alguns avanços nos últimos anos, as dificuldades por melhores condições trabalhistas ainda persistem.
"Um dos problemas que encontramos é a burocracia, que em nossa concepção, existe para dificultar o acesso dos menos favorecidos ao acesso dos investimentos públicos. Nós temos conquistas importantes que precisam ser celebradas, mas também precisamos de melhorias para a capacitação do nosso trabalho. Eu e os meus companheiros defendemos a criação de novos postos de emprego para os catadores. Outro problema são os atravessadores [sucateiros], que prejudicam os catadores de cidades distantes das capitais", afirmou o catador, naquela ocasião.


*Com informações da Redação EcoD

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