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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL!




É preciso clicar uma vez no quadro e ele "cresce"; depois, tornar a clicar no pássaro


sábado, 19 de dezembro de 2009

Repercussão do fracasso em Copenhagen


"A cidade de Copenhague é cenário de um crime esta noite, com os culpados correndo para o aeroporto. Não há metas para cortes de carbono e não há acordo sobre um tratado com valor legal. Parece que há poucos políticos neste mundo capazes de enxergar além do horizonte de seus próprios interesses, muito menos de se importar com as milhões de pessoas que estão intimidadas pela ameaça da mudança climática."
John Sauven, Greenpeace britânico



"Parece que estamos recebendo 30 peças de prata para trair nosso povo e nosso futuro."
Ian Fry, negociador-chefe de Tuvalu



Conseguimos um começo. O que devemos fazer agora rapidamente é garantir que o documento passe a ter valor legal."
Gordon Brown, primeiro-ministro britânico



(O texto) pede que a África assine um pacto suicida, um pacto de incineração de forma a manter a dominação econômica de alguns poucos países. É uma solução baseada em valores, os mesmos valores em nossa opinião que levaram 6 milhões de pessoas na Europa para fornalhas.”
Lumumba Stanislaus Di’Aping, chefe do G-77 (países pobres)





"Não vou esconder minha decepção em relação à natureza não vinculante deste acordo. Neste respeito, o documento fica muito abaixo de nossas expectativas."
José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia



"Com qualquer coisa acima de 1,5°C, as Maldivas e várias outras ilhas desapareceriam. Por essa razão, tentamos seriamente durante os últimos dois dias colocar 1,5°C no documento. Sinto muito que isso tenha sido grosseiramente obstruído pelos grandes emissores."
Mohamed Nasheed, presidente das Ilhas Maldivas

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Agora, todo mundo é verde! Quem dera...

Na imprensa internacional, a principal personagem brasileira na Conferência do Clima, em Copenhague, é a senadora Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente.
Por uma razão muito simples: ela é especialista no assunto, construiu sua carreira como ativista, desde o tempo em que militava ao lado do líder seringueiro Chico Mendes, no Acre.
Atua e estuda especialmente mecanismos de defesa das florestas tropicais, mas há muitos anos também se especializou em educação e tem sido apontada como referência em projetos de desenvolvimento sustentável.
Há oito anos, ela foi a estrela de um seminário sobre o Brasil realizado na Universidade Berkeley, nos Estados Unidos, ao qual compareceram também os então senadores José Serra e Christóvam Buarque, a falecida ex-primeira dama Ruth Cardoso e sindicalistas.
Na imprensa brasileira, os principais destaques são a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, chefe da delegação oficial brasileira, e o governador de São Paulo, José Serra.
Os dois são os prováveis candidatos que irão capitalizar a disputa presidencial do ano que vem.
A ministra, por obrigação, participa das principais reuniões e tem que ser citada no noticiário.
O governador, que também tem projetos a mostrar durante o evento, não pode fugir da oportunidade de evidenciar suas afinidades com o meio ambiente.
Nenhum dos dois tem tintas verdes na biografia, mas o momento exige flexibilidade, e a imprensa serve para isso.
Aliás, a senadora do DEM Kátia Abreu, líder dos ruralistas no Congresso e inimiga declarada dos ambientalistas, também passeia suas novíssimas convicções por Copenhague.
A rigor, o encontro de Copenhague trata de adaptar a política e a economia ao conhecimento científico.

COP: sem metas para os países desenvolvidos


O embaixador extraordinário sobre Mudanças Climáticas, no Brasil, Sérgio Serra, acaba de dar uma coletiva de imprensa . Ele disse que o processo da COP15 não acabou ainda, há um grupo restrito de pessoas rascunhando o que pode se tornar a decisão final da COP.  Isso pode levar tanto uma hora ou mesmo durar até amanhã de manhã. Em seguida, o rascunho será levado para a COP/MOP.

Sérgio Serra disse que o Brasil e, especialmente o presidente Lula, teve um papel muito ativo na conferência. Ontem, ele teve um longo encontro com vários chefes de governo, que foi até de madrugada. O presidente ainda se reuniu individualmente e fez consultas ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ao presidente francês, Sarkozy, entre outros.

Hoje à tarde, ele se reuniu com os líderes do grupo BASIC – Brasil, África do Sul, Índia e China, e Obama acabou se unindo a eles, num encontro que durou quase quatro horas. O embaixador disse que o Brasil foi responsável pela mediação de alguns assuntos importantes durante a reunião.

Entre eles, o polêmico mecanismo de MRV, que prevê que as ações de mitigação financiadas ou que tenham apoio tecnológico sejam mensuráveis, reportáveis e verificáveis. O ponto crítico era o desejo dos Estados Unidos  de que todas as metas, independentemente de suporte financeiro e tecnológico, estivessem sob esse mecanismo. Alguns países do BASIC, especialmente a China , estavam resistentes a isso, alegando que a verificação era intrusiva. Após uma negociação intensa e consultas aos assessores, o Brasil destravou o processo e chegou-se a uma redação aceitável para todos: haverá um mecanismo de consultas internacionais e análise. As implicações do termo ainda serão definidas posteriormente.

O mais impressionante é que os países desenvolvidos não terão metas para o período até 2020, apenas a visão compartilhada de que o aumento de temperatura do planeta não deve ultrapassar os dois graus.

Nesta reunião, não se tocou no assunto do financiamento das ações em países em desenvolvimento.

“O acordo será incompleto e o resultado é, certamente, decepcionante”, disse Sérgio Serra. “Vários países apresentaram números, mas eles nunca foram colocados na mesa. Nenhum país do Anexo I tem números na mesa, apenas o Brasil, a China, a Índia, o México e a Coréia do Sul”.

Provavelmente, a decisão sobre metas será tomada apenas no ano que vem – em seis meses, ou mesmo na COP16, no México, no fim do ano. A data deve ser decidida entre hoje e amanhã pela COP.



*Via Planeta Sustentável

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Governo e oposição se unem para atropelar projeto ambiental




No apagar das luzes, o governo e a oposição se uniram para atropelar um projeto ambiental. É o PL 12/2003, que trata da competência dos governos federal, estadual e municipal no que diz respeito ao licenciamento ambiental e às multas que devem ser aplicadas.
Depois de haverem se comprometido a só votar projetos consensuais, governo e oposição passaram por cima do acordo, intruduzindo no PL um dispositivo que, na prática, impede o IBAMA de multar. O dispositivo aprovado - com a oposição do PV e do PSOL - dispõe que só quem licencia pode multar, o que contraria o espírito do projeto inicial..
Ao romper o acordo com o PV e o PSOL, governo e oposição deixaram claro que na hora de votar, os compromissos têm pouco valor, assim como o meio-ambiente, que perde um precioso instrumento de preservação e controle de danos.

ONU emite 1,7 milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano


As Nações Unidas anunciaram hoje em Copenhague, onde está sendo realizada da COP-15, sua própria pegada de carbono:  1,7 milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano. Mais da metade dessa quantidade é proveniente das missões de paz. 
A divulgação é o primeiro passo, divulgou a Rádio ONU, para a instituição reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa. 
O trabalho foi coordenado pelo Grupo de Gestão Ambiental da organização e cobre as emissões produzidas pelas várias agências das Nações Unidas, a sede em Nova York e as operações de manutenção de paz e humanitárias no terreno. 

O relatório foi preparado em resposta à determinação manifestada pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, de transformar as Nações Unidas numa organização ecologicamente correta.

Nossa representante em Copenhagen...


Dilma Rousseff: “meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento”
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cometeu uma gafe durante coletiva realizada para a delegação brasileira e jornalistas em Copenhague, na segunda-feira, 14 de dezembro. Dilma afirmou que o “meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável, o que significa que é uma ameaça para o futuro do nosso planeta e para nossos países”.
O fato aconteceu na primeira entrevista de Dilma Rousseff em Copenhague e foi divulgado na terça-feira, dia 15, pelo jornal O Globo. A ministra ainda não se pronunciou sobre se o fato foi apenas um equívoco ou se acredita mesmo que o meio ambiente é o vilão da história.
Ainda nesta entrevista, em outro momento, a ministra chamou atenção por tomar a frente do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao dizer que um dos programas dos quais o ministro falava não tinha "nada a ver" com o que fora perguntado. Minc cancelou sua própria entrevista coletiva para dar mais espaço à companheira de governo.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ilhéus em vigília pelo clima





Uma vigília silenciosa à luz de velas fez, ontem (12), parte de um grande dia de mobilização mundial contra as alterações climáticas. Pessoas de todo o mundo se juntaram a mais de 2.000 vigílias em cerca de 130 países. Em Ilhéus, os participantes se concentraram nas escadarias da Catedral de São Sebastião. Este foi apenas um entre milhares de eventos distribuídos pelo planeta. O objetivo foi o de chamar a atenção para os problemas das mudanças climáticas e sobre o acordo climático a ser assinado pelos líderes mundiais durante a Conferência Mundial promovida pelas Nações Unidas em Copenhague, na Dinamarca. 
Em todo o mundo os eventos foram simples, curtos e divertidos e fizeram parte da campanha promovida pelas organizações  TicTacTicTac e 350.org.  Os participantes levaram velas que ficaram acesas por uma hora. As mensagens escritas em cartazes e faixas foram bem claras: o Mundo quer um Acordo para Valer e suficientemente justo, ambicioso e vinculante para fazer deste planeta um lugar seguro para todos e que seja capaz de combater as perigosas alterações climáticas.
Em Ilhéus, a iniciativa partiu de estudantes e contou com o apoio da Associação Ação Ilhéus. “É muito importante que os jovens participem de movimentos como este para que se construa um mundo mais justo e sustentável. As grandes mudanças dependem também desses jovens e da sua capacidade de mobilização”, disse o organizador do evento e estudante Mateus Pungartnik.
O encontro reuniu moradores locais e turistas. “Estou aqui a passeio e fui surpreendida por esta iniciativa. Achei muito interessante e fiz questão de tirar fotos e participar. É responsabilidade de todos nós construir um mundo melhor”, disse a turismóloga paulista, Luciana Costa.
A mobilização teve o papel de conscientizar as pessoas sobre a situação do clima do planeta. “As pessoas têm que ter consciência de que é preciso preservar o meio ambiente. O nosso futuro depende disso. É hora de construirmos um lugar melhor para nossos filhos e netos”, afirmou o músico Jorge Fontes.
Mobilizações  e  ações em prol de um planeta mais justo e sustentável é um dever de todos nós.

Afinal, quanto carbono uma árvore sequestra?


Jeanicolau Simone de Lacerda

Fonte: O Eco
- Portal do Meio Ambiente / REBIA / Editor: Vilmar S. D. Berna -
A internet está cheia de calculadoras para identificar quantas árvores precisamos plantar para compensar nossas emissões de gás carbônico e, com isso, reduzir nossa parcela de culpa pelo efeito estufa. O problema é que, por trás de cada uma dessas calculadoras, metodologias e referências distintas fazem com que os resultados variem bastante. Afinal, uma muda de jequitibá cresce de forma e com velocidade completamente distinta de uma muda de picea (espécie de clima frio) plantada na Rússia.
Diante dessa dúvida, fomos a campo para verificar com quanto contribuímos para fixação de carbono a partir do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. O trabalho, publicado agora pela revista Metrvm, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), avalia os modelos de biomassa florestal e o teor de carbono de espécies nativas amplamente utilizadas em áreas de restauração florestal no Estado de São Paulo.
O modelo gerado estima o carbono fixado pelas árvores num horizonte de 20 anos, tendo como variável dependente o diâmetro das árvores. Ou seja, agora, para povoamentos de Mata Atlântica semelhantes aos medidos, pode-se estimar o teor de carbono fixado pelas árvores a partir de uma simples medição de diâmetro delas. Porém, para que o modelo apresente uma confiabilidade maior, será necessário que sejam feitas remedições bianuais, nas mesmas árvores, para que o modelo seja constantemente ajustado e seu grau de confiabilidade vá aumentado com o tempo.
Na etapa do projeto já desenvolvida, além da coleta de amostras para análises laboratoriais, de carbono e densidade básica, foram também medidos outros elementos, como o diâmetros e o comprimento do tronco das árvores, e o peso da madeira e das folhas. Foram avaliadas áreas de quatro reflorestamentos distintos implantados entre 2000 e 2005 no estado de São Paulo.
Os resultados mostram que há grande variação no crescimento das florestas plantadas com essências nativas. Além de aspectos de clima e solo locais, essas diferenças se devem aos tratos culturais recebidos pelas plantas e à qualidade das mudas plantadas.
O material genético também faz diferença, visto que, em cada região, os plantios foram executados por diferentes instituições. Não obstante, cada região tem uma idade de plantio distinta da outra, o que acaba impossibilitando a definição de uma curva de crescimento comum. Os cálculos resultaram numa estimativa média de 249,60 quilogramas de CO2 equivalente fixados, até o vigésimo ano, pelas árvores amostradas.
Porém, dadas todas as restrições da pesquisa, aliadas ao fato de a curva de crescimento das árvores provavelmente não ser linear, concluiu-se que esse indicador poderia estar superestimado. Para que pudesse ser feito um cálculo mais exato seria necessário acompanhar a curva de crescimento das árvores por mais tempo. Como indicado acima, esse acompanhamento já está previsto na continuidade da pesquisa.
O problema é que a demanda por um índice de compensação de CO2-equivalente é imediata, sendo necessário agora um número para balizar as conversões feitas no Brasil. Assim, com uma atitude conservadora, foram adotados os resultados identificados na pior amostra observada (na região de Valparaíso-SP), tendo sido projetada a captação de 140 kg CO2-equivalente por árvore aos 20 anos de idade. Desse modo, enquanto não dispusermos de uma curva de crescimento totalmente confiável, podemos trabalhar com o número de 7,14 árvores da Mata Atlântica para compensar cada tonelada de CO2-equivalente emitida.
Jeanicolau Simone de Lacerda é consultor em negócios florestais da KEYASSOCIADOS.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Vigília pelo Planeta


O Mundo Quer um Acordo pra Valer é um esforço conjunto da Campanha Tic Tac Tic Tac - uma aliança de organizações e indivíduos de todo o mundo agindo por um tratado climático ambicioso, justo e vinculante. Parceiros da Avaaz na Campanha Tic Tac Tic Tac incluem Vitae Civilis, FBOMS, 350.org, Greenpeace, Oxfam, WWF, Instituto Akatu, IDEC e muitos outros.


Em Ilhéus na Bahia:


Para saber mais: 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Metade das emissões de gases-estufa do Brasil vem da pecuária, diz estudo


A pecuária emite metade dos gases causadores do efeito estufa liberados pelo Brasil a cada ano. Além disso, implantação de novas pastagens abocanha três quartos da área desmatada na Amazônia e 56,5% no Cerrado.
Resultado de cinco meses de trabalho, os números, inéditos, são de estudo coordenado por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.
Os principais dados da pesquisa, cuja íntegra ainda será publicada em revista científica internacional, foram divulgados nesta quinta-feira (10) e serão apresentados em duas reuniões sábado (12) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP 15 . Os autores (ao todo, dez especialistas) ressaltam que suas conclusões “não representam necessariamente” a posição das instituições em que atuam.
O levantamento verificou que em 2005 a emissão de gases-estufa (GEE) da pecuária representou 48% do total brasileiro. A atividade emitiu 1,055 bilhão de toneladas de GEE sobre 2,203 bilhões do total nacional, número do tão esperado inventário brasileiro de emissões, divulgado só recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia .
Ocorre que no inventário oficial as emissões são divididas por grandes grupos, como energia, processos industriais, mudança no uso da terra e florestas etc. “A diferença desse estudo em relação às abordagens estatísticas tradicionais é que elas dividem as emissões por categorias, e nossa abordagem é pela cadeia de um produto específico”, explicou Smeraldi ao G1. “Então ela é transversal, porque envolve uso da terra e fermentação entérica (basicamente, arroto de boi e vaca), por exemplo, processos que estão separados no inventário.”
Assim, é a primeira vez que a chamada “pegada de carbono” de um produto específico, no caso a carne bovina, é calculado. Pegada de carbono é a quantidade de gás-estufa liberada direta ou indiretamente por uma certa atividade. “O interessante desses dados é que eles podem começar a traduzir toda a situação para o consumidor, a dona de casa, o investidor”, comentou Smeraldi, que viaja hoje para Copenhague.
“Essa é a diferença de ter números sobre categorias e números sobre produtos: 1 quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. É mais do que o custo da própria carne por quilo no atacado (o kg do dianteiro custa R$ 3,60; do traseiro, R$ 5,90)”, disse o especialista.

Foto: AFP/Antonio Scorza 28-11-2009

Gado pasta em área queimada no km 450 da BR 163 Cuiabá/Santarém (Foto: AFP/Antonio Scorza 28-11-2009)


 “Como investidor eu posso raciocinar que, se a carne tivesse que pagar o CO2 que emite, ficaria inviável. Por outro lado, se seguir boas práticas, posso reduzir uma barbaridade essa emissão e vender o CO2 poupado no mercado de emissões por um preço superior ao da carne. Frigorífico pode fazer mais dinheiro vendendo redução de carbono do que vendendo a própria carne.” (Fonte: G1)

Participe da vigília mundial por um acordo eficaz na COP15



MOBILIZAÇÃO GLOBAL


No dia 12 de dezembro, pessoas de todos os cantos do mundo realizarão vigílias em prol de um acordo climático eficaz em Copenhague. Trata-se do movimento “Real Deal – o mundo quer um acordo pra valer”, da Avaaz.org


A expressão “Avaaz” significa “voz”, em várias línguas asiáticas e européias, e exatamente por isso deu nome à rede Avaaz.org – uma organização fundada por ativistas de diversos países, que tem como objetivo utilizar a internet para unir pessoas do mundo inteiro em prol de causas socioambientais, como o combate aoaquecimento global, à pobreza e à corrupção.

Em meio às discussões da 
COP-15, em Copenhague, o que anda ocupando a cabeça dos ativistas do Avaaz.org – e de todo o mundo – são as decisões que serão tomadas durante o encontro e, por isso, o movimento criou a campanha “Real Deal – o mundo quer um acordo pra valer”, em conjunto com a campanha TicTacTicTac.

Trata-se de uma 
vigília mundial que acontecerá no dia 12 de dezembro, exigindo dos líderes que estão em Copenhague um acordo climático ambicioso, justo e vinculante. No site da Avaaz.org, é possível ver os mais de 2 mil eventos que acontecerão no “Dia D”, em mais de 132 países diferentes.

No Brasil, mais de 130 cidades participarão do “Real Deal”. Destas, São Paulo é a campeã em número de eventos. Ao todo, serão 13 manifestações – entre as quais, estão: caminhada pela Avenida Paulista, show musical na Barra Funda e encontro cultural no Obelisco. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com manifestações no deck do Parque dos Patins, na praia do Flamengo e na Praça do Largo do Machado, entre outros lugares.

Mais 22 estados brasileiros promoverão vigílias no dia 12 de dezembro por um acordo climático eficaz em Copenhague. Clique 
aqui, procure a manifestação que acontecerá mais perto de você e participe!

Saiba mais sobre a campanha “Real Deal – o mundo quer um acordo pra valer” no vídeo abaixo.



Real Deal – o mundo quer um acordo pra valer
Data: 12 de dezembro
Mais informações no site da 
Azaaz.org

Acompanhe a cobertura da COP-15 
aqui.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Banner gigante em Brasília

Estudo governamental sobre clima nos EUA desmente ‘céticos’


Relatório [A strong bout of natural cooling in 2008] do National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa) atribui resfriamento da América do Norte em 2008 ao fenômeno La Niña, e não a um suposto recuo no aquecimento global
O governo e cientistas americanos divulgaram nesta sexta-feira um relatório afirmando que as temperaturas mais amenas registradas na América do Norte em 2008 não representam um recuo na tendência de aquecimento do clima no planeta. O estudo atribui a queda do ano passado ao La Niña, resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Reportagem da Associated Press, com informações complementares do Ecodebate.

Embora os termômetros tenham recuado aos níveis de 1996, o clima na América do Norte teria ficado ainda mais frio sem os efeitos do aquecimento induzidos pela ação humana, disse o coautor do estudo, Martin Hoerling, pesquisador do National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa), órgão do governo americano.
Hoerling afirmou que o recuo nas temperaturas no ano passado “não foi um evento extremo”, mas admitiu que o fenômeno provocou uma “polêmica considerável”. Grupos dos chamados “céticos”, que se opõem à tese da mudança climática, usaram os dados para questionar o processo de aquecimento global.
“Nosso trabalho mostra que pode haver períodos mais frios, mas isso não significa o fim do aquecimento global”, disse Judith Perlwitz, da Universidade do Colorado, pesquisadora que liderou o estudo.
Leiam , abaixo, a nota do National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa):
http://www.noaanews.noaa.gov/stories2009/20091204_cooling.html
Reportagem da Agência Associated Press, no Estadao.com.br

Por que Marina Silva?

Porque é a única candidata e está entre os poucos políticos desse país capaz de se preocupar com o meio ambiente de forma sistêmica, como um problema econômico, social, como parte das nossas atividades e através da busca de um diálogo, saindo do lugar comum que basta a economia crescer que tudo estará bem, como vemos presente nas idéias e discursos de Dilma Roussef, José Serra, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Maluf, Orestes Quércia e tantos outros.

O crescimento deveria ser um subproduto não buscado do modelo de desenvolvimento, cuja finalidade maior deveria ser o equilíbrio social e ambiental local, acima do global e acima dos interesses dos grandes centros econômicos e políticos. Até porque mesmo esses grandes centros tem sua sustentação dependente do que vamos fazer de agora em diante para reverter a enorme degradação social e ambiental à nossa volta – ou alguém ainda acha normal um jovem, um ser humano semelhante a nós, entrar num ônibus e jogar uma bomba para explodi-lo numa cidade que foi escolhida como sede das Olímpiadas? Ou alguém acha normal o Brasil ser sede das Olímpiadas quando a maior parte das escolas públicas não tem nem quadra poli-esportiva para serem usadas e os professores de educação física arcam com equipamentos do próprio bolso? Pois é, precisamos mostrar como anda a situação de esportes para os jovens das escolas públicas, só o ufanismo de termos sido escolhidos para sediar os jogos não basta.

A proposta de lei do Cristovam Buarque de obrigar os políticos a colocar seus filhos na escola pública (
http://nossofuturocomum.blogspot.com/2009/11/projeto-de-lei.html) tem que se apoiada. Mais que isso: o transporte e os hospitais públicos deveriam ser obrigatórios para todos os políticos. A merenda escolar deveria ser entregue também para os filhos dos políticos: essa é a única forma deles provarem que prestam um bom serviço à população.

Só vamos melhorar o Brasil e a qualidade dos serviços públicos que o governo nos oferece e ao mesmo tempo mudar o modelo de desenvolvimento econômico que pare de entregar de graça nossas florestas ao resto do mundo ganancioso e já em colapso, como a China e os Estados Unidos, com uma pessoa como a Marina Silva. Ela tem um histórico e um rico conhecimento sobre o quanto é importante redimensionar as idéias malucas dos economistas que acreditam ainda que o planeta é um subsistema das economias e que a economia pode ser maior que a Terra e preconizam o crescimento eterno esfacelador de todos os serviços ecológicos que nos sustentam como solução para todos os nossos males.

Sim, Marina Silva agora é a nossa única esperança. Quando penso na morte da Amazônia, que pode acontecer de uma hora para outra se insistirmos no seu desmatamento contínuo e na política de desenvolvimento suicida que já criou um deserto maior que a França e o Reino Unido dentro da nossa floresta, lembro imediatamente da Marina Silva, na sua ligação com Chico Mendes, na sua atitude heróica. A Amazônia é continuamente destruída e a cada dia amanhecemos com menos florestas, o mesmo ritmo de destruição dos países como a China e os Estados Unidos, que esgotaram tudo e só não entraram em colapso por conta do comércio internacional, que lhes dá acesso gratuito aos recursos da natureza de países cegos como o nosso, que não mudam o debate internacional cego à nossa volta e ainda elogiam suas investidas contra nós e nosso meio ambiente.

Só Marina Silva reduziria a pressão para construção de usinas hidrelétricas totalmente desnecessárias, pois basta cortar o desperdício e fazer atualização tecnológica da infra-estrutura de energia já existente (a Folha de São Paulo publicou várias matérias a esse respeito) e a oferta dobraria sem ser necessário nem Rio Madeira nem Belo Monte. É o planeta que dá as regras e não nós e há um limite que ainda não enxergamos para nossas atividades, bem como há uma total falta de sentido em manter um sistema econômico no qual de cada 150 dólares adicionados à riqueza mundial só 60 centavos chegam aos mais pobres. Ou alguém ainda acha que o crescimento econômico está voltado à liberdade e o desenvolvimento individual, à criação de empregos permanentes bem remunerados e não apenas temporários? Quando alguém vai entender que o emprego só se justifica quando a economia cresce e desaparece imediatamente no contrário e que não importa qual nível material a economia atinja, ele só se justifica se a economia for capaz de atingir um nível maior. Isso é um absurdo físico e planetário que assusta os cientistas, porque podemos deixar a Terra ainda banhada em sol entregue apenas à vida bacteriana se continuarmos nessa rota.

Só Marina Silva é capaz de entender e revogar esses absurdos. Mais ninguém. Os demais políticos e candidatos querem acabar com o Cerrado e a Amazônia e com o pouco que nos resta, para exportar o que não precisamos para nosso consumo próprio e manter a megalomania de nações que ainda não entenderam que a conta chegou através das atuais mudanças climáticas, da contínua extinção da vida (a maior dos últimos 65 milhões de anos) e da ruína dos serviços ecológicos, como polinização e água.

Só Marina Silva.


Hugo Penteado

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Delegação brasileira em Copenhague terá cerca de 700 pessoas


O Brasil enviará uma delegação de “pouco mais” de 700 pessoas à conferência da ONU sobre mudança climática em Copenhague, informou nesta sexta-feira o Ministério das Relações Exteriores. De acordo com o Itamaraty, apenas 15 ou 20 membros desta comitiva atuarão como negociadores na conferência, que acontece entre 7 e 18 de dezembro.

lista, que ainda não foi completamente fechada, inclui a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José Serra, e a senadora Marina Silva. Segundo o Ministério, cada órgão, público ou privado, vai custear a viagem de seus representantes, mas não há informações sobre valores. Estima-se que 15% da comitiva sejam membros de governos.
O objetivo de enviar uma comitiva tão grande, segundo o Itamaraty, é “acomodar todos os segmentos” e permitir a seus representantes acesso especial aos setores da conferência de Copenhague que estejam relacionados às suas atividades, além de dar transparência à atuação do governo na cúpula.
Nem todos os membros da delegação, porém, representarão o Estado brasileiro em Copenhague. Segundo o Itamaraty, os negociadores respondem a três ministérios: Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. Os demais credenciados poderão participar dos eventos da cúpula, mas apenas como observadores.
Fonte: ultimo segundo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Página 22: Informação para um novo século

Um candidato natural?


Guilherme Leal
Guilherme Leal
Cotado como vice na chapa de Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República, o empresário Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, não confirma a sua candidatura, mas já dá a receita para um Brasil do século XXI: investimento maciço em educação, ciência, tecnologia e inovação voltadas para uma economia verde e cada vez mais desmaterializada.  O paralelo que traça entre política e sustentabilidade é muito claro: seja no meio ambiente, seja na gestão da coisa pública, não pode haver desserviços de qualquer natureza.  “O não desperdício de recursos é uma questão crítica para a sustentabilidade.  E um Estado que arrecada 40% da riqueza gerada pelo País também precisa ser eficiente”, compara.
O adolescente sem dinheiro, que se encantou com o Movimento Estudantil, mas logo teve de se enquadrar na dureza do mercado, direcionou os ideais políticos para o trabalho.  Leal entende a Natura como uma empresa politizada, na medida em que sempre “pensou sobre as coisas, expôs suas ideias, e se colocou” – e virou um benchmark da sustentabilidade empresarial.
Mas ele também quer deixar outros legados, daí iniciativas que desenvolve na área de educação e a participação, desde 2008, em um movimento destinado a refletir sobre o Brasil que queremos.  Nesse locus de discussão sobre um projeto de País foi que emergiu o nome de Leal como candidato a vice.  Confirmando ou não, posiciona-se como forte apoiador de Marina, e faz aqui um discurso indignado com os rumos que o País periga tomar, a seu ver, na direção do século XIX.  Com o mesmo vigor de um estudante.
Como o senhor resumiria a sua trajetória desde a participação na fundação da Natura até os projetos que desenvolve hoje? A Natura está fazendo 40 anos e eu vi a Natura nascer.  Os anos 68, 69 foram muito relevantes, com a juventude se manifestando politicamente.  A primeira coisa interessante na minha trajetória pessoal é que eu não vivi os movimentos estudantis.  Sou filho de pais de classe média-média, meu pai era funcionário público e eu vim de uma família que deu escola boa, mas… acabou o dinheiro.  Quando era adolescente, deu para pagar mal e porcamente o Colégio Rio Branco aqui de São Paulo, uma escola privada de boa qualidade.  Depois, eu tinha não só de entrar numa faculdade pública, gratuita, como tinha de me virar para trabalhar.  Era o mais novo de quatro irmãos e vi que, se eles não conseguissem trabalhar, não iam sobreviver.  Então comecei a trabalhar aos 17 anos, foi aí que decidi fazer Administração de Empresas na USP, à noite.  Entrei na FEA em 1969, e era época de AI-5.  Foi quando a faculdade mudou para a Cidade Universitária e o Movimento Estudantil neste momento estava sendo profundamente reprimido.  Então, não tive vida universitária.  Eu a assisti e não me envolvi.
E sentiu falta disso? Foi interessante, porque estudei o Manifesto Comunista, cheguei a discuti-lo, e falava-se de política em casa.  Eu tinha um irmão mais envolvido com o Movimento Estudantil.  Mas fui um certo espectador, e em 1979 mergulhei na experiência da Natura.  Durante os dez primeiros anos de experiência de Natura, eu estava absolutamente decidido a pôr de pé um negócio.
Aí seus ideais foram direcionados para o trabalho? Foram.  Antes de entrar na Natura, eu trabalhei na Fepasa, uma empresa pública, junto com meu sócio Pedro (Passos).  Fiz um esforço muito grande para combater a corrupção que existia em algumas instâncias e para levar eficiência para a empresa.  Fomos demitidos sumariamente depois de quatro anos, e eu não quis continuar em empresa pública, apesar de ter tido convites e oportunidades.  Eu falei: “Não quero ter de ficar ligado a grupos políticos para ganhar uma posição em empresa pública, não é a minha melhor contribuição para a sociedade”.  Apesar de ter filhos pequenos, escolhi a opção de criar uma empresinha de fundo de quintal, que veio a ser a Natura.  Foi uma experiência muito rica, dinâmica, inovadora.  Lidar com o universo feminino para mim era absolutamente novo, lidar com cosmético, venda direta, distribuir para o Brasil inteiro.  Colocar uma empresa de pé foi absolutamente desafiador.  Tanto que, depois de oito anos, tive um infarto, aos 37.  Quando fomos para o divã pensar o que realmente queríamos ser, definimos a nossa percepção, cunhamos e explicitamos de fato as nossas crenças, foi que passamos a entender a vida como um fenômeno relacional, essa questão da interdependência, a empresa como um agente de transformação social, a questão da diversidade como uma riqueza.  Isso foi em 1991, 1992.

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