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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Peça ao LULA veto a degradação ambiental da zona costeira


As perspectivas são ruins, mas ainda existe uma maneira de impedir que dois contrabandos legislativos de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que faz política na Amazônia, destruam remanescentes de manguezais, zona costeira e Mata Atlântica de costa na Bahia.
Basta ligar até a terça-feira dia 6 de outubro para o gabinete do Lula no Palácio do Planalto, telefones (61) 3411-1200 ou (61) 3411-1201, e exigir que ele vete as emendas nº 6 e 7 da Medida Provisória 462, onde Jucá meteu seus contrabandos.
A MP, proposta pelo Executivo, tem como objetivo regular ajuda financeira aos municípios amazônicos que perderam arrecadação por conta do plano federal de combate ao desmatamento na região Norte do país. Jucá, sem a menor vergonha, usou-a para liberar a devastação no litoral do Nordeste.
Uma de suas emendas altera os limites da Reserva Extrativista Baia do Iguape, Unidade de Conservação localizada na área mais preservada da Baia de Todos os Santos – estuário do rio Paraguaçú. O objetivo desta alteração é liberar área da RESEX para a construção de um Pólo Industrial Naval, projeto este proposto e defendido pelo Governo da Bahia. Neste local ocorrem extensas áreas de manguezais com alta biodiversidade regional e rica o suficiente, para sustentar a pesca artesanal e a coleta de mariscos, atividades que sustentam 4500 famílias naquela área.
A outra emenda inclui a região do Porto Sul de llhéus (BA) no Plano Nacional de Viação. Lá, restam uma das mais importantes áreas de remanescentes de mata atlântica do país. A preservação de sua zona costeira é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente fundamental para a conservação marinha. Jucá, que tem entre seus financiadores de campanha empresas portuárias, quer passar o trator em cima disso tudo. Não podemos permitir!
É um absurdo que nos dias de hoje onde o mundo já percebeu que não se faz desenvolvimento sem incluir a sociedade e sem considerar a sustentabilidade e a biodiversidade, ainda existam processos obscuros, sem audiências públicas e que abrem precedentes para que todas as Unidades de Conservação do Brasil, estejam a mercê dos grandes empreendimentos.
Agora, está nas mãos do presidente Lula decidir entre proteger a zona costeira e as comunidades que nela vivem ou optar pela exploração desenfreada dos recursos naturais e do desenvolvimento econômico a qualquer custo.
Faça sua parte ligue para o Lula, nos telefones (61) 3411-1200 ou (61) 3411-1201
e peça que ele não deixe as emendas nº 6 e 7 destruírem dois remanescentes de natureza tão relevantes. Para deixar clara a sua indignação, aproveite e repita o pedido com um 
email pelo link.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

JBS-Friboi se compromete com o desmatamento zero na Amazônia


MANAUS, AM — Em comunicado distribuído no dia 25 ao mercado, a JBS-Friboi comprometeu-se publicamente a não comprar mais gado criado em áreas desmatadas na Amazônia após 23 de setembro de 2009.
A empresa, terceira maior do Brasil e a maior exportadora de produtos bovinos do mundo, disse ainda que irá tirar da sua lista de fornecedores fazendas envolvidas com trabalho escravo, ou flagradas criando gado dentro de Terras Indígenas ou Unidades de Conservação.
“Pelo porte da JBS-Friboi, seu compromisso com o desmatamento zero na Amazônia contribuirá para reduzir a imensa pressão que o setor pecuário exerce sobre floresta, além de forçar seus milhares de fornecedores a cumprir a legislação fundiária e ambiental e a respeitar a biodiversidade e os direitos dos povos indígenas da região” disse Márcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace.
A decisão da empresa inclui a obrigação de, num prazo de seis meses, implantar mecanismos de rastreabilidade baseados no mapeamento da produção do gado e excluir, da sua lista de fornecedores, qualquer fazenda vendedora direta de bois para abate (fazenda de engorda) que tenha desmatado no bioma Amazônia depois de 23 de setembro deste ano. Para as fazendas de cria e recria, que fornecem reses para a engorda, o prazo para a implantação do mesmo sistema de rastreabilidade será de dois anos.
Antes da JBS-Friboi, dois outros grandes frigoríficos brasileiros, Marfrig e Bertin, também tinham assumido o compromisso em favor do desmatamento zero. Na semana passada, a JBS anunciou a sua fusão com a Bertin. As duas empresas, combinadas, tem capacidade para abater 40 mil cabeças de gado por dia no país.
A adesão dos frigoríficos à  política pelo fim do desmatamento da Amazônia veio na esteira do relatório do Greenpeace “A Farra do Boi na Amazônia”, mostrando como a pecuária se transformou no principal agente de derrubada da floresta na região Norte do país. Lançado no dia 1º de junho, o relatório mobilizou grandes compradores internacionais de produtos bovinos brasileiros, que deixaram claro para os frigoríficos que não aceitariam trabalhar com fornecedores envolvidos com a devastação da Amazônia.
No Brasil, os principais supermercados, logo depois do lançamento do relatório do Greenpeace, assumiram uma posição em favor do fim do avanço da pecuária sobre a floresta amazônica. Mas até agora, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) não firmou um compromisso claro com a política de desmatamento zero. “O anúncio da JBS-Friboi pressiona a ABRAS a se comprometer com o fim do desmatamento da Amazônia”, disse Astrini. “Ela também acelera a modernização do setor agropecuário no país, fortalecendo inclusive a sua capacidade de competição em mercados internacionais. Os frigoríficos e varejistas de menor porte, da mesma forma, serão estimulados a seguir o mesmo acordo, sob pena de ficarem sem ter a quem vender não só lá fora, mas aqui no Brasil também”.
www.greenpeace.org

Sem redução de CO2, Terra deve esquentar 4 graus Celsius

Por Gerard Wynn
LONDRES (Reuters) - As temperaturas globais devem subir 4 graus Celsius até meados da década de 2050, caso sejam mantidas as atuais tendências de emissões de gases do efeito estufa, segundo um estudo publicado na segunda-feira pelo Centro Hadley do Departamento Meteorológico da Grã-Bretanha.


A previsão é compatível com um relatório da ONU na semana passada, segundo o qual as mudanças climáticas estão superando as piores previsões de 2007 do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC).

"Nossos resultados estão mostrando padrões similares (ao IPCC), mas também mostram a possibilidade de que mudanças mais extremas possam acontecer", disse Debbie Hemming, co-autora da pesquisa divulgada no início de uma conferência sobre a mudança climática na Universidade de Oxford.

Líderes dos principais países emissores de gases do efeito estufa reconheceram em julho a opinião científica de que, para evitar as mudanças climáticas mais perigosas, a temperatura média da Terra não pode ficar mais do que 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

O relatório de 2007 do IPCC estimava um aquecimento de 4 graus Celsius até o final da década de 2050. O novo estudo confirma que tal aquecimento pode acontecer ainda antes, em meados da década de 2050, e sugere efeitos locais mais extremos.

Um avanço em relação a 2007 foi incluir o provável efeito dos "ciclos de carbono". Por exemplo, se parte da Amazônia morrer por causa de uma seca, isso exporá o solo, liberando mais carbono originalmente presente na matéria orgânica à sombra.

"Isso amplifica a quantidade do dióxido de carbono (o mais comum dos gases do efeito estufa) que entra na atmosfera, e portanto (amplifica também) o aquecimento global. Isso realmente está levando a mais certezas (quanto ao aquecimento)", disse Hemming.

As conclusões devem ser levadas em conta nas negociações de cerca de 190 países para a adoção de um novo acordo climático global, numa reunião da ONU em dezembro em Copenhague.

O aumento das temperaturas é sempre avaliado em comparação aos níveis pré-industriais. Cientistas dizem que o mundo já se aqueceu 0,7 grau Celsius desde então.

Um aumento médio de 4 graus Celsius mascara aumentos regionais ainda mais intensos, como por exemplo um aquecimento superior a 15 graus Celsius em partes do Ártico, ou de até 10 graus Celsius no oeste e sul da África, segundo o estudo divulgado na segunda-feira.

"É bastante extremo. Não acho que caia a ficha para as pessoas", disse Hemming. O degelo da calota polar, por exemplo, exporá à luz do sol uma maior superfície de água escura, absorvendo mais radiação e provocando efeitos ainda mais descontrolados sobre o clima global.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cubatão na Bahia. O século XX pede passagem



Fabio Feldmann
De São Paulo
Tenho insistido muito na idéia de que o mundo hoje está polarizado entre duas visões: a do século XX versus século XXI. O pré-sal, a era do petróleo, estaria claramente no século passado.Foto Mary Berbert 300Este conflito está claramente refletido no nosso cotidiano, coexistindo as duas visões do mundo, de modo que o setor empresarial cosmopolita assume um papel inovador e responsável diante da sociedade, bem como o conceito de crescimento econômico e do PIB passa por uma reformulação, incorporando novas dimensões. Do ponto de vista político, o Brasil mantém práticas das capitanias hereditárias e sesmarias, que de tão conhecidas e escancaradas dispensam comentários...



Infelizmente temos no Brasil poucas lideranças governamentais com a visão do século XXI, o que se reflete claramente em políticas governamentais atrasadas e perpetuadoras de modelos superados. Na Bahia, estou acompanhando um "projeto governamental", que me parece reproduzir Cubatão naquele estado, quando este exemplo se revelou completamente superado em termos de uma idéia de desenvolvimento sustentável, ou seja, aquele que incorpora as dimensões econômica, ambiental e social.
O Governo Federal pretende implantar uma ferrovia ligando Ilhéus-BA a Figueirópolis-TO, a denominada Ferrovia Oeste-Leste (FOL), com o objetivo de permitir principalmente o escoamento de ferro de Caetité e outras commodities, associando a implantação daquele modal à implantação de um porto em Ilhéus (na Ponta da Tulha). A ferrovia tem um custo estimado de 6 bilhões de reais, mediante financiamento do orçamento público, ou seja, o contribuinte brasileiro será o grande financiador. O porto seria objeto de eventual concessão de acordo com a legislação portuária. Quer dizer que num país com pouquíssima capacidade de investimentos públicos, estar-se-ia alocando verdadeira fortuna para um conjunto de obras de infra-estrutura com pouquíssima preocupação em otimizar alternativas já existentes, localizadas em regiões que não possuem os ativos ecológicos do sul da Bahia.
Em que pesem dúvidas sobre o traçado da ferrovia, dos impactos ambientais da implantação do empreendimento, o que chama atenção é o fato de que aquela região da Bahia possui uma enorme vocação para atividades de turismo sustentável, bem como de projetos inovadores em termos de uso da biodiversidade ali existente, reconhecidamente uma das mais ricas do mundo de acordo com trabalhos realizados por entidades científicas e governamentais.
Certamente há uma incompatibilidade clara entre uma vocação voltada para atividades econômicas sustentáveis e um projeto de infra-estrutura associada à exportação, pelo fato de que a implantação desta última traz impactos diretos na região, que esvaziam a vocação turística já em curso, além de que os impactos indiretos no Brasil são usualmente negligenciados mas acabam sendo a médio prazo os mais perversos. No caso específico, me refiro à atração de mão-de-obra para a região no decorrer das obras, que, em poucos anos sendo desmobilizada, não encontra inserção econômica e social, agravando os problemas de favelização, violência, exploração sexual, e outras modalidades de exclusão social.
O caso de Cubatão é um bom exemplo: a mão de obra responsável pela implantação da refinaria de Presidente Bernardes e da própria Via Anchieta, acabou permanecendo na Baixada Santista, sem encontrar uma ocupação econômica após o período de construção, sendo que a consequência mais visível foi o início da ocupação dos chamados bairros cota de Cubatão. Passadas alguma décadas o governo de São Paulo está alocando centenas de milhões de reais para "resolver" o problema.
A diferença entre as duas situações é que Cubatão reflete uma visão do pós-guerra, da industrialização a qualquer preço, do crescimento econômico confundido com desenvolvimento. A tese levada pelo Brasil na primeira grande Conferência sobre Meio Ambiente promovida pelas Nações Unidas, em Estocolmo, em 1972, de que poluição era sinônimo de progresso, ou seja, bem-vindas as empresas e atividades poluidoras.
No caso da Bahia, ao invés de se pensar em investimentos públicos de retorno duvidoso para a sociedade, viabilizando basicamente a exportação de ferro, que diga-se de passagem poderia utilizar outras instalações portuárias naquele estado, o governo federal poderia tornar aquela região a Costa Rica brasileira, ou seja, criar um ambiente de negócios sustentáveis em termos de turismo e outras atividades empregadoras de mão-de-obra local e mesmo geradoras de renda, assegurando a médio prazo a sustentabilidade ecológica da região. Nesse particular, mais uma vez insisto na importância de se preservar para as futuras gerações parte expressiva da vida no planeta, que estará sob intensa ameaça por atividades econômicas pouco sustentáveis.
Vale lembrar o que o ex-Ministro de Turismo do Brasil, Caio Carvalho, sempre afirmou que o país ainda não percebeu o potencial econômico e social de um turismo contemporâneo, voltado para a geração de renda das populações locais, com foco no usufruto da natureza e da experiência social de comunidades tradicionais. Segundo o ex-Ministro, a utopia do desenvolvimento sustentável se torna viável tão somente quando os tomadores de decisão governamentais perceberem que o século XXI valoriza os ativos ambientais e ecológicos, e que a infra-estrutura que permite o seu uso fruto requer políticas públicas voltadas a manutenção do capital natural e cultural do país.
Como compreender um projeto para a Bahia e seu litoral sul que potencialmente dilapida esse patrimônio ambiental e cultural? Em que século as lideranças governamentais da Bahia se colocam?
Ainda que exista um longo processo pela frente em termos de avaliação ambiental por parte dos órgãos ambientais envolvidos, a questão principal continua sendo como implantar "Cubatão" na Bahia em pleno século XXI.
Com a palavra, as lideranças políticas da Bahia...


Fabio Feldmann é consultor, advogado, administrador de empresas, secretário executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade e fundador da Fundação SOS Mata Atlântica. Foi deputado federal, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Dirige um escritório de consultoria, que trabalha com questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.
Fale com Fabio Feldmann: fabiofeldmann08@terra.com.br

Catadores terão pagamento por serviços ambientais urbano


Por Agência Brasil*

O Ministério do Meio Ambiente lançará nos próximos dias, em Belo Horizonte, o sistema de pagamento por serviços ambientais urbanos. Segundo o ministro Carlos Minc, a remuneração vai complementar a renda do catador de materiais recicláveis, a exemplo do que foi feito em relação ao pagamento por serviços ambientais. "Antes, para a pessoa replantar a Amazônia, as margens dos rios, ela cortava e ganhava. Agora, ganha para plantar”, comparou o chefe da pasta ambiental do governo.
catadores s� essenciais para a limpeza das cidades
No novo sistema, voltado para o catador de materiais recicláveis das metrópoles urbanas, Minc salientou que o cálculo de remuneração tomará por base a redução das emissões. “O quanto a catação dele diminui as emissões será o quanto ele vai receber”, explicou o ministro, ainda sem dar mais detalhes antes do lançamento.
Segundo o ministro, o catador não tem carteira assinada, não recebe décimo-terceiro salário e corta-se muito com vidros e latas que recicla. “Então, [o pagamento] servirá para dar mais dignidade, mais efetividade para o catador e melhorar a qualidade de vida”, assegurou Minc.
O ministro chamou a atenção para a importância da reciclagem. Esse trabalho consta do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que prevê aumentar o nível da coleta seletiva e das cooperativas de catadores.
Boa hora - O lançamento do sistema de pagamento por serviços ambientais virá em boa hora, já que o setor de recicláveis no Brasil foi um dos que sofreram os impactos da crise financeira mundial - que somente agora demonstra esboçar uma reação. Muitos catadores chegaram a abandonar as atividades por conta da redução nos preços dos materiais.
Em São Paulo, algumas cooperativas chegaram a registrar redução de 70% no quadro de cooperado. No Rio de Janeiro, além da diminuição do preço pago pelos recicláveis, a queda no consumo reduziu a produção de lixo e, consequentemente, a quantidade de materiais disponíveis para os catadores.
catadores sofreram os impactos da crise mundial
Alguns produtos chegaram a sofrer uma redução de 60%, em relação ao valor de antes da crise. A garrafa PET, que custava R$ 1,20 o quilo, agora é vendida a R$0,50. O quilo do plástico, que custava R$ 0,90, hoje vale R$ 0,60 centavos, enquanto a latinha de alumínio, maior fonte de renda dos catadores, custava R$ 3,50 e passou a R$ 1,50 o quilo.
Em entrevista recente concedida ao portal EcoDesenvolvimento.org, Severino Lima Júnior, um dos representantes do Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis (MNCR), observou que embora a categoria tenha conquistado alguns avanços nos últimos anos, as dificuldades por melhores condições trabalhistas ainda persistem.
"Um dos problemas que encontramos é a burocracia, que em nossa concepção, existe para dificultar o acesso dos menos favorecidos ao acesso dos investimentos públicos. Nós temos conquistas importantes que precisam ser celebradas, mas também precisamos de melhorias para a capacitação do nosso trabalho. Eu e os meus companheiros defendemos a criação de novos postos de emprego para os catadores. Outro problema são os atravessadores [sucateiros], que prejudicam os catadores de cidades distantes das capitais", afirmou o catador, naquela ocasião.


*Com informações da Redação EcoD

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Filme provoca público a agir contra a crise climática




O filme "A era da estupidez" estréia em todo o mundo dia 22 de 
setembro. Confira a lista de cidades onde o filme estará em cartaz.
O filme "A era da estupidez" estréia em todo o mundo dia 22 de setembro. Confira a lista de cidades onde o filme estará em cartaz.
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Internacional — "A era da estupidez" questiona o imobilismo humano diante da ameaça do aquecimento global e pretende transformar 250 milhões de espectadores em ativistas pelo clima.
A três meses da reunião que decidirá o futuro da humanidade, a 15ª Conferência do Clima, estreia o filme "A era da estupidez" (The Age of Stupid), um olhar crítico sobre a demora dos atuais governantes em lidar com a crise climática. 


"A era da estupidez" se passa em 2055 e tem no papel principal o ator inglês Pete Postlethwhaite, indicado para o Oscar em 1994. Ele interpreta o "arquivista", um homem solitário que vive num mundo devastado pelo aquecimento global e que consome seu tempo catalogando o passado. No filme, Postlethwhaite examina imagens de 2007 e se pergunta por que a humanidade não tomou providências contra a crise climática quando ainda havia tempo. 


No Brasil, três sessões simultâneas acontecem no dia 22 em São Paulo, Rio e Brasília com o apoio do Greenpeace (1), dentro de uma semana de atividades para mobilizar a população sobre os perigos do aquecimento global. O evento é parte da pré-estreia mundial, que será feita em mais de 40 países na mesma semana da Assembleia-Geral das Nações Unidas, quando os países terão mais uma oportunidade para definir um acordo antes da Conferência do Clima, marcada para dezembro em Copenhague. 


O ambicioso objetivo é transformar 250 milhões de espectadores do filme em ativistas do clima. "As alterações no clima do planeta ilustrados pelo filme não são apenas ficção científica. O Ártico sem gelo, Londres submersa e Austrália em chamas retratam os impactos do aquecimento global em cenários extremos, mas plausíveis. Como as mudanças climáticas não podem ser revertidas, os impactos dependem do que será feito agora para reduzir as emissões de gases estufa", diz João Talocchi do Greenpeace. "Ao combater o aquecimento global, além de evitar as catástrofes, os países tem a oportunidade de proteger as florestas, inovar tecnologias para geração de energia e gerar empregos verdes", completa. 


Na reunião de Copenhague, os países desenvolvidos precisam se comprometer com uma redução de 40% das emissões de gases estufa até 2020, tendo como base as emissões de 1990, para que a temperatura do planeta fique bem abaixo dos 2º C. O Brasil deve zerar o desmatamento na Amazônia se quiser agir para barrar o aquecimento global. 


"Nossas ações contra as mudanças climáticas irão definir a nossa geração, assim como o fim do apartheid, a abolição da escravidão e a chegada do homem à Lua definiram gerações anteriores. No momento, vivemos na era da estupidez, mas, apesar do pouco tempo que nos resta, ainda é possível mudar esta situação", afirma a diretora do filme, Franny Armstrong. 



Estreia verde - O palco principal do lançamento de "A era da estupidez" será em uma tenda inteiramente abastecida por energia solar, em Manhattan, Nova Iorque. Os convidados chegarão à festa por meio de transportes alternativos, como bicicletas, skates, veículos movidos a biodiesel de óleo de fritura e riquexós (táxis ecológicos de tração humana). Toda a energia utilizada no evento resultará em apenas 1% do carbono normalmente emitido em uma pré-estreia tradicional. A cerimônia será apresentada pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. 






No Brasil -  O Greenpeace apoia o lançamento do filme em nove cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Brasília, Salvador, Curitiba, Juiz de Fora e Santos. Em Porto Alegre, o apoio será da ONG Amigos da Terra. Consulte a programação no site da MovieMobz.  



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Leia e reflita



Somália devastada




Mogadíscio é o centro de um país dominado por piratas e terroristas. Ao norte, porém, a região separatista da Somalilândia é estável e pacífica. Como se explica essa tragédia?

Por Robert Draper
Foto de Pascal Maitre
Somália devastada
Ruínas dão testemunho dos combates que devastaram a capital no início da década de 1990, mergulhando no caos a cidade e o país


Todas as tardes Mohammed vai até o farol. Não se trata de nenhum refúgio óbvio. Erguido quase um século atrás, o farol italiano deixou de ser usado há muitos anos. Parte da escada em espiral já desmoronou. Os aposentos esvaziados cheiram a ranço do mar e urina. Alguns jovens estão sentados de pernas cruzadas no meio do entulho, mascando qat - planta cujas folhas contêm uma substância estimulante -, e passam horas jogando ladu com dados. Outros se reúnem em um canto para fumar haxixe. Eles mais parecem espectros em uma cidade abandonada aos mortos. Seja como for, porém, o farol é um local seguro - se é que algum lugar em Mogadíscio pode ser considerado seguro.


Mohammed, de 18 anos, costuma ir até lá por causa da vista. Do piso mais alto ele contempla as ruínas da vizinhança que frequentava no antes próspero distrito de Hamarweyne. Consegue distinguir os resquícios da antiga embaixada americana, do luxuoso Hotel Uruba, e até a área de Shangaani, que antes fervilhava de mercadores de ouro e empórios de perfume - todos agora arrasados. Uma cabra solitária vagueia pela rua principal enquanto as casas seculares ao redor apodrecem devagar, às vezes soterrando vivas as pessoas que delas tomaram posse. Mohammed também consegue ver, logo aos pés do farol, o trecho de areia onde ele e outros por vezes jogam futebol, assim como as crianças nuas que se agarram a pedaços de isopor enquanto sobem e descem com as ondas. Se quisesse, esse paradoxo cotidiano de vida e destruição poderia servir de alimento a suas elucubrações. Mas na verdade o que gosta mesmo é de fitar, mais ao longe, o imenso tapete calmo que é o oceano Índico. "Passo muito tempo olhando para o mar", conta o jovem, "pois é dele que vem minha comida."

Mohammed é pescador. Toda madrugada, às 5 horas, ele enfrenta o mar com suas redes em um bote. Depois leva ao mercado, em um carrinho de mão, tudo o que conseguiu pescar. Nas manhãs de vento mais favorável, chega a ganhar de 2 a 3 dólares - o suficiente para que ele, seus pais e seus dois irmãos menores não passem fome naquele dia. Anos atrás seu pai ficou incapacitado por uma explosão de morteiro, e Mohammed tornou-se o arrimo da família aos 14 anos. Os 10 dólares mensais que lhe custariam para frequentar a escola estão fora de seu alcance. E, de qualquer modo, todos seus antigos colegas de estudo sumiram. A maioria passou a fazer parte de uma milícia islâmica extremista, a Al-Shabaab, que, neste mais recente capítulo da miséria somali, enfrenta em feroz luta pelo poder o Governo Federal de Transição (GFT), uma precária aliança apoiada pelas Nações Unidas. Para jovens como Mohammed, a Al-Shabaab é uma saída tentadora à situação em que vivem. Por outro lado, também é verdade que muitos de seus companheiros hoje estão mortos.

Mohammed cresceu em um país arruinado. Ele era recém-nascido quando o último presidente da Somália, o carismático ditador Mohamed Siad Barre, foi derrubado, e o país mergulhou em anarquia. Tal como o resto de sua geração, Mohammed não tem ideia do que significa viver numa república estável. No entanto, eles se familizaram com outras coisas. "Fuzis M-16, morteiros, granadas, bazucas - posso distinguir cada um desses só de ouvido", diz ele. 



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Sarney Filho denuncia “contrabando” em MP para Construção do Porto Sul na Bahia


Escrito por Assessoria de imprensa do deputado Sarney Filho   
Seg, 21 de Setembro de 2009 09:59
pic22
   Mais um “contrabando”, foi denunciado pelo deputado Sarney Filho (PV-MA) na MP 462 que garante o repasse de R$ 1 bilhão, este ano, para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Trata-se da emenda de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), de número 6, que garante recursos para o Porto Sul, na Bahia, que será construído numa área de Mata Atlântica. De acordo com ONGs que atuam na região, o projeto poderá afetar para sempre a região, prejudicando o turismo entre Ilhéus, Uruçuca (Serra Grande), Itacaré, Maraú e Camamu, eliminando empregos.
   Quando aprovada pela primeira vez na Câmara, foi derrubada por iniciativa do PV, outra emenda incluída na MP, que nada tinha a ver com o Fundo de Participação dos Municípios. A proposta acabava com a exigência de estudos de impacto ambiental na construção de rodovias na Amazônia.
   Sobre o novo “contrabando”, Sarney Filho pediu ao presidente da Comissão do Meio Ambiente da Câmara, Roberto Rocha (PSDB-MA), a retirada da emenda incluída no Senado Federal. “Não foi feito qualquer acordo com o Ministério do Meio Ambiente para que fosse incluída na MP este dispositivo que coloca em risco o pouco que resta de Mata Atlântica no estado e ainda ameaça as atividades dos pescadores de uma grande faixa do litoral”, alertou o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista.  Ele citou nota da Associação da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica criticando a iniciativa do governo da Bahia, que segundo o movimento, “sequer ouviu a sociedade”.
   Para viabilizar a construção, o Governo da Bahia decretou de utilidade pública uma área de 1.780 hectares na APA da Lagoa Encantada.


Fonte: Assessoria de imprensa do deputado Sarney Filho - 32155202

sábado, 19 de setembro de 2009

22 de setembro: Dia mundial sem carro

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Imagem: OMA-BRASIL
22 de setembro: Dia mundial sem carro
Em 22 de setembro, 1.500 cidades em todo o mundo vão se unir no esforço de reduzir as emissões de gás carbônico no trânsito. Vale tudo: metrô, ônibus, bicicleta e até andar a pé
No dia 22 deste mês, mais de 1.500 cidades vão aderir ao Dia Mundial Sem Carro 2009, em plena Semana Nacional do Trânsito (de 18 a 25 de setembro). O País tem mais de 50 milhões de automóveis circulando e é difícil imaginar que todos fiquem na garagem. Mas a data é oportunidade de repensar o uso do carro de passeio como meio de deslocamento, dentro de esforço global. O evento começou em 1997, na França, e ganhou o mundo nos últimos 12 anos, com o objetivo de servir de alerta para reduzir as emissões de gás carbônico, um dos seis gases mais poderosos do efeito estufa.
Este ano haverá um passeio do Aterro ao Leme, onde a Fecierj ( Federação de Ciclismo do Rio ) e a Secretaria Estadual de Transportes ( Programa Rio Estado da Bicicleta ) no domingo anterior à data, dia 20 de setembro, concentrando cerca de 20 mil pessoas no Aterro às 9:30h.
Na Ilha do Governador também haverá um passeio, começando às 9h, na Estrada do Galeão, 2800. Na Ilha o evento é organizado pela entidade de Meio Ambiente, OMA BRASIL, e ciclistas locais.
Um carro movido a gasolina, com motor 1.0, consome 71,43 litros em mil quilômetros. Isso gera emissão de 170 Kg de CO2. A expectativa é que, com as adesões oficiais de governos, a população ajude a pressionar e também seja incentivada a adotar os transportes públicos e veículos não poluentes, de preferência, coletivos.
Lourdes Zunino Rosa, arquiteta doutora em Mobilidade Sustentável, uma das responsáveis pelo site www.nucleoiveurbe.net, afirma que o Dia Mundial Sem Carro é umaexcelente oportunidade de pressionar os governantes a tomar providências para ampliar o uso de transportes coletivos. “É preciso ter vontade para mudar. Tem que ter tempo e disposição para baldear. A bicicleta é opção. Os patins são outra. O trânsito é agressivo? É. Mas, se aumentar o número de não motorizados, pode melhorar muito”, defende a arquiteta, que ganhou prêmio por criar um projeto de mobilidade urbana totalmente diferenciado do que privilegia o automóvel.
Colaboração de Sérgio Ricardo, Ambientalista, Rio de Janeiro, para o EcoDebate, 18/09/2009


A Campanha 10:10


A campanha 10:10 lançada na Inglaterra sem a participação do governo propõe que cada cidadão corte 10% de suas emissões de carbono até 2010.  É pouco, mas é muito bom.  Em particular se não for apenas mais uma badalação do tipo eco-bags, eco-barreiras, eco-limites nas favelas e outras bobagens sem fim.
Será muito bom se a campanha não se tornar em apenas mais mais um slogan desses que tanto agradam aos políticos, mas sim a formulação de um conjunto de propostas compreensíveis e factíveis que  incluam a livre opção pelo uso de energias renováveis – a liberdade total de consumidor pagar mais e, assim, incentivar as novas fontes de energia – e o aumento da eficiência energética.
Será melhor ainda se os consumidores entenderem que deverão considerar a “pegada carbônica’ dos produtos que consomem e não apenas as emissões ocorridas a partir do momento em que adquirirem o produto.

Assim, por exemplo, um carro de mais baixa emissão por quilômetro rodado continua sendo um carro, com um montão de aço, ferro, plásticos e, se carros híbridos, uma importante quantidade de metais raros nas baterias.  Não importa de onde venham esses materiais – do Brasil? – e as emissões de carbono resultantes de sua produção devem ser contabilizadas no país onde o carro é finalmente consumido.
Afinal, são os padrões de consumo que estão em jogo e não apenas os padrões de produção!
Esse é balanço mais justo.  Mudar totalmente o foco dos debates sobre as responsabilidades pelas emissões de gases causadores de mudanças climáticas é uma oportunidade que o Brasil está perdendo quando – até pela usual monocultura mental – agarra-se tediosamente à questão do desmatamento na Amazônia enquanto celebra um “pré-sal” cuja viabilidade tecnológica e econômica ainda não está nem vagamente definida.
A campanha 10:10 também evidencia a bobagem dos economistas que só conseguem falar no crescimento econômico – mais do mesmo! – como única solução para todos os males do mundo.  A campanha 10:10, se bem conduzida, implicará, necessariamente, em redução do consumo, e não em seu aumento.
Definitivamente, a qualidade de vida está ligada à educação, à saúde, à habitação, mas não necessariamente ao consumo de todo esse lixo industrial que nos é diariamente imposto pelo lançamento de novos bens de consumo totalmente inúteis.
Para os que gostam da campanha 10:10, vale fazer uma lista dessas asneiras diariamente consumidas, a começar por águas em mínimas garrafas de plástico, que são um bom exemplo da contra-mão das lutas pela redução das emissões de gases causadores de mudanças climáticas.
PARTICIPE E ASSINE EM:http://www.1010uk.org/
Extraído de: http://www.luizprado.com.br/

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DIA MUNDIAL DE LIMPEZA DE PRAIAS EM OLIVENÇA(Ilhéus, Bahia)






Ação Ilhéus
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Escrito por Tica - Secretária da AOS   
Qui, 17 de Setembro de 2009 







Estamos às vésperas de mais um DIA MUNDIAL DE LIMPEZA DE PRAIAS, RIOS, MARES,....
Pela 5ª vez, consecutiva, a Associação Olivença de Surf, estará cumprindo com seu objetivo de participar,divulgarconscientizar e preservar este nosso meio ambiente.
O Dia Mundial é mais uma oportunidade de concretizar nossa vocação ecológica e ambientalista.
Nossa programação:
1.Durante a semana estamos expondo cartazes nas escolas locais, com frases reflexivas acerca do lixo, do tempo de decomposição e de medidas para diminuí-lo (anexo as frases).
2.Estamos convidando, com cartazes, toda a comunidade a estar presente no dia 19 de setembro de 2009, às 9 horas na Praia do Cai N'Água, em Olivença (marcamos este horário por causa da maré vazante).
3.Contatamos a Fundação Reciclar para recolher o material que será coletado. Eles desenvolvem um trabalho com a comunidade do Banco da Vitória, a partir do que é coletado e considerado "lixo".
4.Como uma ação continuada nós estamos organizando uma reunião com os cabaneiros da praia do Cai N'Água para que juntos identifiquemos a origem do lixo produzido ali e também que encaminhamentos dar a ele. Escolhemos este local por ser de grande procura por veranistas, por ser uma área em que chega muito lixo trazido do mar e ainda é uma área mais central de Olivença.

Fica nosso convite!
Foto: Galera do Surf

    quarta-feira, 16 de setembro de 2009

    NGBrasil- Quando o país vive o colapso


    Mais de 1 bilhão de pessoas vivem em países à beira do caos. Na África, estão os cinco países no topo do Índice de Estados Falidos, da organização Fund for Peace (Fundo para a Paz).
    Por Robert Draper
    Foto de Pascal Maitre
    Quando o país vive o colapso
    Muitos dos 750 mil habitantes que restaram em Mogadíscio estão entre os mais pobres, como esta mulher e seu bebê.
    Pode ocorrer de repente, após um evento fatídico - uma guerra, um desastre natural, um golpe de Estado -, ou avançar devagar como um câncer que solapa por décadas as instituições. Mas uma coisa é certa: quando um país entra em colapso, isso se vê nos olhos de seus habitantes.

    Mais de 1 bilhão de pessoas vivem em países à beira do caos. Em alguns, o governo central perdeu o controle do território e encastela-se na capital enquanto chefes guerreiros dominam o interior. A maioria é afligida pela corrupção generalizada e pela degradação ambiental. Todos são perigosos não apenas para si mesmos mas para o resto do mundo: se tornam incubadoras de terroristas e extremistas políticos.

    Um dos fatores que tornam um país instável é sua posição geográfica. O simples fato de estar em uma região conflagrada coloca-o em risco; a guerra no Iraque, por exemplo, desencadeou uma onda migratória para a Síria. Nações populosas, como Bangladesh, enfrentam desafios próprios. O mesmo se dá com países imensos, como o Chade, cuja vastidão concorre para a falta de infraestrutura. Nações desprovidas de saída para o mar, com poucas terras cultiváveis e recursos hídricos, lutam pela autossuficiência. Por outro lado, aquelas com abundantes recursos, como a República Democrática do Congo, nem sempre se saem melhor. Na chamada "maldição da riqueza", a existência de reservas de petróleo ou diamantes só recrudesce os conflitos pelo controle desses ativos lucrativos.

    Tensões históricas e culturais também podem levar as nações à ruína. Isso é mais evidente na África, onde estão os cinco países no topo do Índice de Estados Falidos, da organização Fund for Peace (Fundo para a Paz). "A demarcação de fronteiras arbitrária, na época colonial, em detrimento de divisas étnicas e topográficas, resultou na criação de Estados artificiais", comenta a presidente Pauline H. Baker.

    Um país africano que superou seu legado colonial é o Senegal. "Ele beneficiou-se de uma liderança esclarecida", diz Pauline. Na verdade, o fator mais importante para se garantir a estabilidade é a boa governança, segundo o cientista político Ken Menkhaus. A implantação do estado de direito, e de instituições que o garantam, "gera um clima de confiança para investimentos e desestimula a eclosão de revoltas armadas".

    A ajuda de organismos como o Banco Mundial e as Nações Unidas nem sempre é garantia contra o colapso. Os casos mais bem-sucedidos são a Índia e a África do Sul, que conseguiram levar adiante reformas sem apoio externo. Como mostram as recentes tentativas dos Estados Unidos de "construção nacional", não é fácil promover estabilidade política em meio a uma intervenção militar. O Iraque e o Afeganistão hoje ocupam o sexto e o sétimo lugares entre os Estados mais precários do mundo.

    Em primeiro está a Somália, um país ao qual geografia, história e sistema de clãs lhe conferem a desonra de liderar a lista nos últimos dois anos. Fora esse caso, não há consenso quanto ao significado efetivo, para o destino de um país, de uma pontuação elevada no índice. Os sangrentos distúrbios desencadeados pelas eleições no Quênia, em 2007, fizeram com que saltasse da 26a para a 14a posição na lista deste ano. Mas será que esse retrocesso indica um futuro colapso do Quênia, dotado de uma vibrante classe empresarial?

    Os estudiosos alertam contra conclusões apressadas. Como lembra Tarcisius Kabutaulaka, da Universidade do Havaí, é fácil esquecer que muitos países hoje estáveis tiveram histórias turbulentas. "Os Estados Unidos estabeleceram-se a partir do caos, da guerra civil. E agora espera que o mundo adote suas instituições, mas sem violência e num período de tempo brevíssimo."

    No fim das contas, a questão de se um país está em processo de derrocada talvez seja melhor respondida por sua população. Se os olhos dos habitantes dizem "fomos abandonados", então não resta a menor dúvida.



    Extraído de http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/

    terça-feira, 15 de setembro de 2009

    Ecod notícias

    Projeto inédito no Brasil irá gerar energia
    limpa a partir do biogás


    vacas.jpg
    O projeto utilizá os gases gerados pelos rebanhos como matéria-prima para a produção da eletricidade
    Um projeto inédito lançado pela Itaipu Binacional e o governo do Paraná no dia 09 de setembro permitirá que pequenos pecuaristas familiares tornem-se produtores de energia elétrica a partir do biogás gerado pelos seus animais.
    O Condomínio de Agroenergia da Agricultura será instalado na bacia do rio Ajuricaba, no município de Marechal Cândido Rondon, e ajudará a criar energia limpa, gerar renda para os pequenos produtores e reduzir os impactos ambientais causados pela criação dos animais.
    A princípio, o projeto abrangerá 41 propriedades - a maioria dedicada à criação de suínos e de bovinos de leite. A produção de energia se dará a partir do tratamento dos dejetos dos animais, que irá gerar o biogás. Esse material, por sua vez, será transportado dos biodigestores instalados nas propriedades até uma microcentral termelétrica, onde o gás funcionará como combustível para motogeradores, produzindo energia elétrica. A microcentral será operada pelos produtores em regime de condomínio.
    Depois de produzida, a energia elétrica gerada será vendida à Copel e os ganhos dos agricultores com a venda ainda serão somadas à receita com o comércio de créditos de carbono, pelo chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kioto.

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    Além do biogás, o processo também irá gerar biofertilizantes, que poderão ser aplicados nas pastagens e lavouras/Foto: Laurel Fan
    A razão desse “bônus” é o fato de o tratamento ambiental dos resíduos e dejetos evitar a emissão de gás metano, que é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico. Para completar as vantagens do o processo, ele tem como subproduto um biofertilizante, que poderá ser utilizado nas pastagens e lavouras, aumentando a produtividade.
    Viabilidade

    “O projeto demonstra que as energias renováveis são viáveis mesmo para as pequenas propriedades. Com isso, o agricultor familiar tem novas perspectivas de renda, produzindo segundo critérios ambientalmente corretos. É uma experiência pioneira que acreditamos que pode ser levada para várias outras localidades do país”, afirmou Jorge Samek, diretor-geral brasileiro da Itaipu.

    Para viabilizar o projeto, serão realizadas obras como instalações para a geração de energia (dutos para canalização de dejetos e do biogás e construção de biodigestores) e uma série de melhorias para atender a critérios de produção sustentável como a readequação de estábulos e de outras instalações que eventualmente se encontrarem dentro da área prevista para a reserva legal (junto à margem dos rios). A perspectiva de conclusão das obras e inicio da geração de energia é de janeiro de 2010.

    Ecod notícias






    Australianos superam os norte-americanos em emissões de CO2 
    australianos superaram os norte-americanos em um ranking nada saud�el
    Em uma competição nada saudável, os australianos superaram os norte-americanos/Foto: sxc.hu
    Os australianos superaram recentemente os norte-americanos em uma competição bem negativa, pela qual todos saem perdendo, informou o relatório intitulado Climate Change Risk Report 2009/2010. De acordo com o estudo, elaborado pela empresa inglesaMaplecroft, o cidadão australiano emite uma média de 20,58 toneladas de dióxido de carbono (CO2) a cada ano, em comparação com as 19,81 toneladas dos estadunidenses – antigos líderes do chamado “ranking do cinza”.
    Segundo o estudo que analisou as emissões per capita de 185 países, a liderança atribuída aos australianos é decorrente, sobretudo, das emissões do setor de transportes, além da geração e consumo de energia resultantes da queima do carvão – combustível fóssil que corresponde a 80% da matriz energética da Austrália. O governo australiano tem se mostrado contrário ao mercado de carbono, sob a alegação de que o mesmo aumentaria os preços da eletricidade e dos combustíveis, considerados fundamentais para a competitividade das indústrias do país.
    Em agosto deste ano, o senado da Austrália rejeitou a proposta que buscava a criação de um sistema de comércio de carbono previsto para vigorar em 2011. Os parlamentares procuraram justificar a decisão baseados na ideia de que é melhor esperar os desdobramentos da 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), que será realizada em dezembro, em Copenhague (Dinamarca).
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    Em âmbito geral, que não considera só os níveis per capita, a China é o país que mais emite CO2 em todo o mundo/Foto: joelas
    A quantidade média de emissões de CO2 dos australianos é tão considerável que mesmo China e Índia, países tidos como emissores em potencial, porém dotados de grandes populações, apresentam 4,5 e 1,16 toneladas per capita emitidas, respectivamente. Segundo dados de 2008 da CIA World Factbook, a Austrália conta com cerca de 21 milhões de habitantes. A Índia tem algo em torno de 1 bilhão e 150 milhões de pessoas, enquanto a população chinesa (maior do mundo) já é superior a 1 bilhão e 330 milhões.
    Brasil
    Dados divulgados pelo ministro do Meio Ambiente brasileiro, Carlos Minc, em 27 de agosto, informaram que o aumento das emissões de CO2 no país em 2007 foi de 49% (no comparativo com 1994). A constatação do governo é a de que a produção de energia elétrica do país ficou 30% mais poluente em gás carbônico no mesmo período. Contabilizados esses 13 anos de análises, o Brasil registrou 122% de aumento do gás poluente nas termoelétricas e 56% no setor de transportes.
    Vale destacar que estes números dizem respeito as emissões gerais do país, e não somente a quantidade per capita emitida.
    *Com informações da BBC Brasil
    Ecodesenvolvimento.org.br

    Coma menos animais! Diminua os impactos das Mudanças Climáticas!

    0 galinhas
    0 perus
    0 patos
    0 porcos
    0 bois e vacas
    0 ovelhas
    0 coelhos
    0

    Número de animais mortos no mundo pela indústria da carne, leite e ovos, desde que você abriu esta página. Esse contador não inclui animais marinhos, porque esses números são imensuráveis.