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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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El Niño poderá causar seca na Amazônia e no Nordeste, afirma agência

 Fenômeno climático pode aumentar a aridez do Nordeste e trazer seca à Amazônia
Fenômeno climático poderá intensificar aridez no Nordeste e na Amazônia/Foto:Oliver Castelblanco Martínez
O fenômeno climático El Niño já se encontra estabelecido no oceano Pacífico, onde deve permanecer até os primeiros meses de 2010, segundo informou a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) na quarta-feira, 19 de agosto. De acordo com avaliação da Agência Nacional e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês), a chegada desse agente, caracterizado pelo aquecimento das águas oceânicas, poderá provocar seca na região amazônica e no Nordeste do Brasil, além de enchentes no Sul do país.
Michelle L’Heureux, diretora da NOAA para Previsão do El Niño, afirmou à BBC Brasilque se a potência do fenômeno climático for de moderada a forte, as condições no centro e no leste da Bacia Amazônica serão mais áridas que o normal entre novembro de 2009 e março de 2010, e estarão mais secas no Nordeste do país entre janeiro e maio de 2010.
“Ao mesmo tempo, as condições estarão mais úmidas na costa oeste da América do Sul. O Equador e o Norte do Peru o sentirão entre janeiro e abril de 2010, e o Uruguai, o Nordeste da Argentina e o Sul do Brasil entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010”, completou L’Heureux. Os prognósticos da NOAA refletem um consenso sobre o crescimento e o desenvolvimento do El Niño que já está no Pacífico. No entanto, ainda é cedo para prever se o fenômeno neste ano terá uma força semelhante à da década passada.

El Niño já está estabelecido nas águas do Pacífico
El Niño já atua sobre as águas do Pacífico, de onde só deverá sair em 2010/Foto: B. Zyrogerg
A agência do clima norte-americano também adiantou que o El Niño poderá causar alterações na quantidade de chuva em partes das Américas, África e Ásia até os primeiros meses do ano que vem. Nos anos de 1997 e 1998, o fenômeno ficou conhecido mundialmente ao protagonizar uma série de catástrofes climáticas que deixaram milhares de mortos. Foram registradas inundações nas colheitas, redução do estoque de peixes e incêndios. Em todo o mundo, o prejuízo provocado por esse agente à época foi estimado em US$ 34 bilhões.
Efeitos
A chegada de mais um El Niño poderá resultar em prejuízos em boa parte do planeta, todavia, efeitos positivos também seriam ocasionados pelo fenômeno, a depender de sua força, segundo explicou L’Heureux. “O El Niño pode, por exemplo, trazer chuvas benéficas no fim do ano ao Sudeste do Texas, que atualmente enfrenta uma seca. Mas se chover demais, isso pode se converter em uma ameaça, por causa das possíveis inundações”, advertiu a especialista. A redução da força dos furacões no Caribe também é uma possibilidade.
De acordo com a BBC, a falta de chuvas ao Sul da Ásia tem alarmado os fazendeiros da região nas últimas semanas. Partes da Indonésia e da Malásia se encontram atualmente escondidas debaixo de uma névoa forte e a seca está causando um efeito devastador nas lavouras e nos estoques de alimentos no Quênia e Leste da África – eventos provavelmente ligados à chegada do El Niño.
As mudanças climáticas têm causado tragédias em todo o mundo nos últimos anos. Além do superaquecimento da Terra, consequência do aquecimento global, fenômenos referentes ao esfriamento também têm sido registrados.

Em julho, no Peru, cerca de 250 crianças com menos de cinco anos de idade morreram devido a uma onda de frio intenso que atingiu a região sul do país três meses antes do esperado. Naquele período, as temperaturas na região de Puno, onde ocorreu um terço das mortes, chegaram a atingir -20ºC.
Apesar das preocupações em torno das possíveis conseqüências do El Niño, a OMM garantiu que o fenômeno deste ano é moderado em comparação com o de 1997, quando a temperatura do mar subiu dois graus. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas também registrou que não há indícios consistentes sobre futuras mudanças na amplitude ou na frequência desse agente no século 21.
*Com informações da BBC Brasil.

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